A ponte sobre o Rio Jequitinhonha, na BR-101, no município de Itapebi, Bahia, representa um grave risco para os usuários da rodovia. Conhecida como uma tragédia anunciada, a estrutura, que é essencial para a conexão de diversas regiões do país, permanece em condições precárias, mesmo após anos de promessas e intervenções paliativas.
A primeira tentativa de resolver o problema veio em 2018, quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a abertura de uma licitação para a reconstrução da ponte. Entretanto, essa iniciativa não avançou, deixando a estrutura vulnerável. Em 2019, obras emergenciais foram realizadas para recuperar o vão 13 da ponte. Técnicos e engenheiros concretaram as transversinas 3 e 4, além de realizar intervenções no tabuleiro do segundo trecho, na recomposição asfáltica e nas juntas de dilatação. Apesar desses esforços, as ações não foram suficientes para garantir a segurança a longo prazo.
Mais recentemente, a superintendência regional do DNIT na Bahia publicou no Diário Oficial da União a reabertura da licitação para uma restauração estrutural definitiva. O edital, no âmbito do programa Proarte, prevê a contratação de uma empresa para elaborar estudos, projetos e executar a obra de reabilitação da ponte, com um orçamento estimado em R$ 44 milhões. Porém, até agora, nenhuma obra efetiva foi iniciada.
O Alerta de uma Tragédia Evitável
A situação em Itapebi lembra outros desastres em infraestrutura, como o colapso de pontes em Tocantins, que causaram perdas irreparáveis. A falta de ações concretas e a lentidão dos processos burocráticos colocam vidas em risco diariamente. A ponte de Itapebi é um ponto vital na BR-101, utilizada tanto por motoristas de veículos leves quanto por caminhões que transportam mercadorias essenciais. Seu colapso traria impactos econômicos e sociais catastróficos, além do risco direto à vida de milhares de pessoas.
Os moradores locais, motoristas e especialistas em infraestrutura cobram medidas urgentes do DNIT e das autoridades competentes. Não se pode permitir que a falta de manutenção preventiva e investimentos adequados transforme a ponte de Itapebi em mais um símbolo da negligência com a segurança pública.
Enquanto as obras não começam, o apelo é para que o governo federal priorize a execução imediata do projeto de reabilitação. O tempo está passando, e o preço da inação pode ser incalculável. É hora de agir para evitar que o pior aconteça.