A tarde em Belém foi marcada por muita chuva e por um amasso do Flamengo em cima do Botafogo. O time de Filipe Luís – mesmo sem força máxima – foi soberano e transformou a pressão inicial em resultado rápido. O dilúvio na capital paraense atrasou o fim da partida, que terminou 3 a 1, e fez o Rubro-Negro conquistar a Supercopa Rei. E o título deu um recado para concorrência.
Antes da tarde de domingo, o elenco principal havia disputado apenas a partida contra o Volta Redonda pelo Carioca. Mas não era isso que parecia. Quem assistia o Flamengo de Filipe Luís jogar se impressionava desde os minutos iniciais no Mangueirão. Time compacto, incisivo, imponente e dominante.
O Flamengo competiu, amassou e foi superior em seu primeiro grande teste no ano. E justamente contra o time que encerrou a última temporada ostentando o melhor futebol da América do Sul. É claro que ainda é cedo para prever qualquer coisa, mas dá para trabalhar com fatos: é nítida a evolução do time sob o comando de um técnico promissor que chegou ao seu segundo título em 18 jogos oficiais.
No comando desde outubro e assumindo no decorrer de uma temporada é claro que a pré-temporada foi de suma importância para Filipe Luís trabalhar e implementar com calma a sua ideia de jogo. Aos poucos, o treinador vai dando a sua cara a um time que muitos já consideravam pronto – tanto pelas conquistas ou simplesmente pela qualidade dos nomes.

O tempo responderá, mas o Flamengo dá mostras de que pode viver uma temporada promissora dentro de campo. E Filipe Luís deixa a sensação que os quatro meses como técnico profissional – em que teve mais título do que derrota – são o início de uma história de um treinador que há tempos não se via.
O título carrega um peso: foi conquistado em cima de um rival carioca que viveu uma temporada fora da curva ano passado, superando a dificuldade de um dilúvio que acarretou em uma paralisação de 1h12 até a bola rolar novamente e, para completar, de forma soberana e praticamente sem sofrer defensivamente.
A conquista torna o Flamengohegemônico na Supercopa do Brasil. Destaque do cenário nacional, o clube disputou seis dos oito títulos e conquistou três (2020, 2021 e 2025). Esta foi a primeira decisão de uma temporada que ainda há cinco títulos a disputar: Carioca, Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil e Mundial de Clubes.
A vitória e o título conquistado pelo Flamengo são credenciais de um time que deve brigar por todos os títulos que disputará ao longo de 2025 – incluindo – por que não? – o Mundial.