O deputado estadual Robinho (PP) enfrenta dura crítica dos eleitores eunapolitanos que, após quatro anos, sentem-se abandonados pelo parlamentar. Durante sua campanha de reeleição, Robinho prometeu estar presente semanalmente na cidade e se comprometeu a lutar por verbas e obras para melhorar a qualidade de vida local. No entanto, após assumir o mandato, seu desaparecimento da cena política municipal tornou-se evidente.
Pouco antes das eleições municipais, Robinho mobilizou o eleitorado de Eunápolis com discursos incisivos, garantindo que sua passagem pela cidade seria constante, dado que teria que atravessar a região para chegar à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) em Salvador. Essas promessas, somadas às projeções de emendas parlamentares e articulações junto ao governo estadual, foram suficientes para assegurar apoio e votos fundamentais para sua reeleição.
Com 65.681 votos, Robinho foi reconduzido ao cargo, superando por pouco seu correligionário Luciano Ribeiro, que alcançou 63.640 votos. A diferença de pouco mais de 2.000 votos foi decisiva, colocando Eunápolis como uma das regiões cruciais para sua vitória. Contudo, a reciprocidade esperada pelos eleitores não veio.
Desde que reassumiu o mandato, Robinho deixou de frequentar eventos locais, como rodeios, vaquejadas, festas beneficentes, ou mesmo reuniões com entidades organizadas. Sua ausência foi tamanha que, para muitos, ele se tornou uma figura fantasmagórica na política da cidade.
Com 2026 se aproximando, o cenário para Robinho promete ser desafiador. A insatisfação do eleitorado eunapolitano, que esperava compromisso e proximidade, pode se refletir nas urnas. A cidade, que um dia foi essencial para sua reeleição, agora aguarda com expectativa a prestação de contas e possível revide eleitoral. O deputado, que muitos agora chamam de “bissexto”, terá que enfrentar a memória e as cobranças de quem se sentiu esquecido.